PELO FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
Rebele-se, Revele-se
Todo amor começa assim;
troca de olhares;
Brilho na face;
Cochicho de pé de ouvido;
Sorrisos que melindrosamente se expõem;
Primeiro o toque na mão;
O beijo suave;
O abraço gostoso;
Seguido pela entrega do corpo;
E então não tem como escapar;
O namoro começou.
Dias de sol;
Palavras de doçura;
Declarações de amor;
Brincadeiras, ciumeiras;
Seguidas de apaixonantes travessuras.
Com o passar do tempo;
A convivência começa a mostrar sua verdadeira face;
Hora serena e compressiva;
Hora turbulenta, e agressiva;
Começo de alegria;
Meio de agonia;
E se tem fim?
Só o que unidos estão sabem!
Pois gozaram do começo apaixonado;
De um meio inebriado;
E vivem a incerteza da ilusão;
De um futuro que agora não mais se sabe;
Se Suporta ou não;
Da vida a dois;
As duras adversidades.
No inicio a conversa;
Depois a intolerância;
Então vem a posse;
Em seguida o grito;
E se instala a opressão;
Punhaladas com palavras;
Olhares fulminantes;
Dos sentimentos o desprezo;
E no corpo o peso;
De uma descontrolada mão.
Calma passageira;
Fúria rotineira;
Acompanhada de fictícios pedidos de perdão.
Prisão sem grades;
Amor que só agrada as necessidades da carne;
Que emudece a voz;
Que enche de ilusões este agora triste coração;
Que resiste em enxergar a dura realidade;
Acomodado em uma aparente base.
Que desejava uma historia de amor;
Não aceitando o romance policial;
Onde o inicio de mansidão passou;
E agora a turbulência se instalou;
E um fim a esta história terá que dar.
Nesta composição de: medo, ilusão, auto-piedade,
vergonha e platônico amor...
Quantas vidas devastadas?
Quantas fantasias criadas;
Para a sustentação utópica deste lar.
Para garantir a sustentação da prole;
Seu sangue escorre;
Sua boca se cala;
Seu corpo enrijece;
A mente se confunde;
E o desespero cada vez mais cresce.
A sociedade fecha os olhos;
O homem cerra as mãos;
Os filhos vão vivendo;
com a violência vão se acostumando;
visões distorcidas de amor vão se criando;
E sua vida cada vez mais encolhendo.
Rebele-se, e para si mesma;
Revele-se Mulher;
E se chegar à turbulência;
Não se faça de rogada e resolva logo esta parada;
E a Maria da Penha vá acionar;
Pois na luta contra a Violência Ela é sua grande Aliada.
Seja ela de que forma for;
Violência Contra a Mulher;
Deve ser banida e por você não mais aceita;
Para proteger você do homem bicho;
Esta lei aí está.
Sua dignidade é o bem maior;
Estar mal acompanhada é pior do que estar sozinha;
Toma as rédeas da sua vida;
E se apaixone por você;
Pois, o amor próprio;
É o primeiro amor que se deve ter.
LUCINEIDE LEAL
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