Possuir o
corpo de alguém é fácil,
Estar no deleite com alguém é tarefa simples,
Sendo o corpo matéria pesada, os instintos tratam de fazer as honras da casa.
Sendo o corpo matéria pesada, os instintos tratam de fazer as honras da casa.
O corpo físico em contato com outro
entra em combustão, é necessidade da carne,
entra em combustão, é necessidade da carne,
E se rola a química ou não, com habilidade, criatividade ou o uso de recursos
delirantes,
ele cede sem complicação,
ele cede sem complicação,
Segue o roteiro natural, pois natural é,
O QUE OS OLHOS VEEM O CORPO RESPONDE!
Fato consumado!!!
Fato consumado!!!
Mas... E o que dizer então de:
Sentir um corpo sem ver?
Estar com a imagem o tempo todo na mente, martelando como
uma ideia fixa?
Lembrar da presença nas mínimas coisas vividas?
Sentir impulsos que levam a necessidade de contato, e ter que
oprimir, pois não se tem como, nem por que o fazer?
Sentir em músicas, livros, situações, lugares, imagens,
objetos, referencias, manias,
e torturantes palavras ditas, agora armazenadas não só na mente, mas na alma?
e torturantes palavras ditas, agora armazenadas não só na mente, mas na alma?
Cheiros, sabores, cores, sensações absorvidas automaticamente, quando estava em constante contato, que, agora brincam de esconde-esconde dentro de você, sem você controlar ou sequer querer?
Quando fecha os olhos, você inconscientemente
Almeja a presença, e com uma força insuportável
deseja, porém conscientemente não mais quer.
Almeja a presença, e com uma força insuportável
deseja, porém conscientemente não mais quer.
A mente e os sentimentos são como animais selvagens,
Cheios de vontades próprias, desbancam qualquer teoria,
E lançam por terra as habilidades do mais preparado
domador.
É...
Dominar pensamentos...
Dominar pensamentos...
Aguçar desejos...
Provar telepaticamente o sabor de um beijo.
Seduzir presencialmente, é fácil...
Atrair plasticamente, mais ainda...
Orquestrar situações convenientes,
é uma realidade funcional, transcorre sem dificuldades...
é uma realidade funcional, transcorre sem dificuldades...
Fazer tudo com alguém, principalmente com o uso de meios estimulantes, é simples de mais.
Mas...
Encantar o pensamento...
Encantar o pensamento...
Ter sintonia sensorial...
Pensamentos alinhados...
Pensamentos alinhados...
Tornar o tudo ou o nada juntos, inesquecivelmente prazeroso?
Isso... É para poucos.
Abre seus melhores sorrisos, de forma fácil e espontânea ao lembrar das
travessuras...
Te promove uma onda de
bem estar ao pensar nas situações vivenciadas...
Te faz se auto censurar ou modelar, como se estivesse sendo
observado sem ser.
Te faz ouvir em sua mente aquelas palavras construtivas, antes não tão
valorizadas, porém agora elas estão intrinsecamente dentro de ti.
Ter agora olhares diferentes,
depois de ter se permitido enxergar através daquele olhar...
depois de ter se permitido enxergar através daquele olhar...
E ansiar veladamente viver, nem que seja por mais um instante,
um pouco daquilo tudo de novo.
É um forte comando exercido à distancia, fortalecido pelas
fortes raízes das verdades plantadas.
Neste ponto alcançado pela distancia física, apenas às
almas se visitam e os sonhos se entrelaçam.
Não se sabe o que é,
Não se sabe o por que,
Não importa a lógica ou luta interna travada para disso fugir,
Sabe-se apenas que, sem muitas explicações palpáveis insiste em estar lá, quase sem razão de ser, explicar ou existir.
Não há mais como pegar, apenas sentir....
Não se sabe o por que,
Não importa a lógica ou luta interna travada para disso fugir,
Sabe-se apenas que, sem muitas explicações palpáveis insiste em estar lá, quase sem razão de ser, explicar ou existir.
Não há mais como pegar, apenas sentir....
Não faz sombra, nem faz luz,
Mas ainda assim te envolve, e a todos seus
sentidos conduz.
Entrar neste terreno árido,
sem presença e sem dono,
sem presença e sem dono,
Hora bagunçado ou ainda ilusoriamente arrumado.
Faz você viver
Felicidade, no passado...
Felicidade, no passado...
Angustia no presente...
E incerteza no futuro...
Pois agora não está mais ao seu lado,
Apenas dentro de você.
Chega de mansinho... Suave... Leve....
Sem nomes ou títulos, apenas sentimento,
Sem nomes ou títulos, apenas sentimento,
Se instala sem que você convide ou perceba...
Se apossa de sentimentos que antes eram de outro,
Seus ou de ninguém.
Seus ou de ninguém.
E agora eles tardiamente re-despertam, com uma insana vontade de sentir a carne
quente...
A respiração... A voz... O cheiro... A presença,
A respiração... A voz... O cheiro... A presença,
Ou apenas ver a face....
Daquele que a sua paz mental viola e o seu emocional invade.
Te faz ansiar para sentir a troca de energia perfeita,
A reciprocidade em carinhos, gostos e ações...
A reciprocidade em carinhos, gostos e ações...
Os beijos Longos... Criativos, Quentes, ora sedutores, ora desengonçados...
Abraços que conectam corações ...
Cumplicidade no olhar, confiança em sua hábil e veloz condução sem censura ou hesitação.
Cumplicidade no olhar, confiança em sua hábil e veloz condução sem censura ou hesitação.
É tarefa árdua agora,
experimentar a privação de tudo isso.
Você chegou em um deserto, onde tudo que o alimenta são as lembranças e miragens...
experimentar a privação de tudo isso.
Você chegou em um deserto, onde tudo que o alimenta são as lembranças e miragens...
Que obrigam a lançar mão da sua imaginação para projetar o que quer eternizar...
Tem de se contentar em apenas sentir o que na realidade tanto Deseja viver...
E aprender a se relacionar com este vazio.
E mesmo que você busque nas frenéticas emoções recreativas, sociais, táteis e visuais.
Ainda assim, você continua prisioneiro inconsciente deste sentimento latente,
É uma prisão sem muros e sem sentença,
Você não tem certeza de nada,
Não tem a quem recorrer,
Não sabe como entrou, e muito menos se vai sair.
E mesmo que você busque nas frenéticas emoções recreativas, sociais, táteis e visuais.
É uma prisão sem muros e sem sentença,
Você não tem certeza de nada,
Não tem a quem recorrer,
Não sabe como entrou, e muito menos se vai sair.
Você está como um portador acidental,
De deficiências EMOCIONAIS múltiplas
Precisa reaprender a sentir, sem tocar...
Enxergar, sem ver...
Ouvir, sem escutar...
Ouvir, sem escutar...
E Dizer tudo que ainda sente, sem sequer uma palavra pronunciar.
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