O Curso de Extensão Plantas Medicinais, Fitoterapia e Outras Práticas Integrativas e Complementares (PICS), visa atualizar conteúdos de ensino e prática clínica em plantas, medicinais, fitoterapia, medicina ayurvédica, medicina chinesa, de acordo com as orientações do ministério da saúde e diretoria de atenção básica visando divulgar o uso consciente e seguro de plantas medicinais e fitoterápicos e a aplicação otimizada de outras práticas, conforme a Portaria n.º 849/2017. O curso ministrado por convidados e pela equipe do Programa de Extensão Permanente Farmácia da Terra (FACFAR/UFBA), Siatex nº 1483, com 18 anos de experiência extensionista junto à comunidade acadêmica e população em geral. Esse curso será teórico-prático com 60h, incluindo noções de prescrição, oficinas de preparações extemporâneas e cultivo de espécies medicinais. Pretende-se envolver os participantes em atividades fundamentadas nos princípios das PICS numa abordagem multidisciplinar.
Com coordenação da nossa Sra. das Ervas, Profa.Dra.Mara Zélia e seu coração acolhedor, e uma equipe de alta compentencia e sensibilidade sobre o tema, o curso foi muito fértil e enriquecedor, trouxe questões técnicas e práticas fundamentais a dar sustentação para florescer dentro da proposta de trabalho com as joias verdes e toda vida que trazem, com todo amor, ética e segurança necessários a cuidar da saúde.
Com uma turma diversificada, que, enriqueceu ainda mais todo processo, pois cada experiencia vinha carregada de informações preciosas para compreendermos como este saber se dá e como é amplo.
Sem falar da fantástica experiencia sensorial proporcionada pela farmácia viva, com tantas cores, cheiros e histórias que cada individuo do reino vegetal tem a compartilhar.
Cidreirinha, cidreirinha
andei pedindo paz,
subi, desci
até que recebi uma milagrosa xicrinha
tomei e acalmei
encontrei a fonte de paz,
em sua seiva verdinha!
Foi uma experiência especial, onde conexões lindas e afetuosas aconteceram, toda gratidão
a cada um dos envolvidos em todo processo.
E o caminho segue... Sempre que a mata me chamar... Eu vou! Com a mente aberta, o corpo
A evasão escolar é uma realidade cada vez maior, motivados pelo sistema imposto, bem como pela falta de recursos, físicos e humanos os estudantes sentem ficar cada vez mais forte o desejo em abandonar a escola. Principalmente para os estudantes do ensino médio nas escolas públicas, que inicialmente viram como uma boa oportunidade entrar em uma escola que ofereça a grade curricular clássica integrada ao ensino técnico, Compreendendo assim que concluem o ensino médio e já se capacitam, para poder ingressar no mercado de trabalho mais rapidamente e poder assim garantir um pouco mais de dignidade a sua vida.
Mas eles acabam vendo este sonho cair por terra, quando se deparam com a realidade oferecida, tudo bem que, já sabemos que não ser da classe privilegiada em nosso país já é um grande desafio, mas espera-se que o minimo de estrutura física e humana seja oferecido neste árduo processo.
Com tudo isso o prazer em estudar vem sendo substituído por um leque de outros prazeres, assim como a assistência a necessidades básicas, como trabalhar.
Em escolas públicas falta tudo! E o que é minimamente oferecido é precário e já vem com aquele bom e velho argumento de... Ainda acha que tem isso! É o melhor que temos para oferecer! Ainda reclama!
Já nas particulares a história é diferente, lá é para o estudante assoviar e chupar cana! É muita ferramenta para poucos braços, e o privilégio sendo fundamento da meta de
fazer o aluno alcançar a posição dianteira na competição, Com eles não existe
coletivo ou cooperação, meta é ser um campeão,
vencedor!
Lhe
sobrecarregam com competências técnicas, desnaturalizando sua humanidade,
espontaneidade, e alegria de viver... Desvirtuam a ludicidade, a incentivam a solidariedade
por pena ou como tarefa para justificar os pontos da gincana na unidade, eu já
vi alunos de escola rica fazendo estas ações e chegarem em um ambiente social e
me perguntar como fazia para falar com eles(as crianças)!?! Respiro fundo, não
julgo, pois entendo que o sistema de onde ele vem não disse que existíamos, que
não mordíamos e que éramos sociáveis! Respondo com aparente e resiliente tranqüilidade... Pode interagir com eles como está fazendo comigo, eles são inteligentes e
afetuosos assim como você!
Mas uma coisa é fato, para ambos os lados... Ou de mais ou de menos, a verdade que ir a escola deixou de ser um momento tão esperado! Está duro ir para escola, com tantas coisas que hoje envolvem este revolucionário
ato!
Mas é na
escola pública que o buraco é muito mais em baixo!
Para o
desprovido de privilégios ir a escola é resistência, é necessidade, imposição, é luta contra a miséria absoluta,
E para os
privilegiados é obrigação, é a garantia de sair na frente, é espaço de
sociabilização,
Mas uma coisa
é fato, para ambos os lados em sua grande maioria ela pode representar tudo,
menos prazer,
O orgânico foi
desvalorizado, e em escolas em que este ainda é valorado não é ambiente para qualquer
um, só para humanistas abastados,
As relações
humanas, as descobertas, a curiosidade diante da vida, a saúde biopsicosocial,
a cultura a arte, nada disso tem mais lugar, na escola que temos noticia!
A escola que
trago meu irmão é escola da maioria da população, esta mesmo, que tem estruturas
sucateadas, professores oprimidos pelo sistema, e que graças ao sistema que os
oprime, tem discurso padronizado, que endossa sua falta de entusiasmo e espírito
profissional, fazendo-lhes reproduzir o
que repugnam no sistema a que burocráticamente obedecem em nome da boa conduta
nacional,
E os jovens
estão tendo os olhos fechados, a boca calada, a mente enquadrada, o coração
endurecido e alma despedaçada, os que são ditos... O futuro da nação, não
conseguem nem imaginar seu próprio futuro
diante da real situação,
Não há
motivação, não há empatia, não há respeito, não há equidade, não há melhoria...
Os educadores
e a equipe são indivíduos que em sua grande maioria estão em um grau de
sofrimento interno tão grande, que extravasa seu interior,
atingindo quem está
ao seu redor, e que muitas vezes tem no estudante a linha direta para desaguar, É eu sei que os estudantes também tem lá suas particularidades, e que em algumas vezes é difícil de encarar, mas o profissional precisa estar aberto ao processo e aprender a lidar com isso, separando as coisas ou buscando ajuda, ocorre que por conta de um todos pagam o pato!
Já que os professores são
submetidos a um descaso profissional, alguns deles acreditam que assim é fácil justificar o
descaso moral e educacional do tipo de relação e conteúdo que entregam aos seus alunos,
Expressando-se
através de seleção de afinidade, ou de disposição do aluno a submeter sem questionar
as normas e condutas individuais, precarizada pelas ementas mal elaboradas, a avaliações
e cobranças desequilibradas, com ações desumanas de um terrorismo assustador,
Reforçando o
tempo todo para aqueles que estão em ambiente de aprendizado, que eles andam do
nada para lugar nenhum, e se não aderirem ao sistema e a tudo que lhes é
imposto da miséria absoluta não haverá como escapar,
Preferem indivíduos
que decorem para reproduzir o que eles já reproduzem, não tem mais interesse em
estimular um pensamento que possa inovar
e expandir o conhecimento em tantas formas potentes de genialidade e
expressão, os jovens são incitados a decorar, não apreender ou interagir com os
conteúdos,
Eles não se tem a pró atividade em reforçar o
afeto, a importância da empatia, e da conexão entre o coletivo, a motivação, e
o estimulo ao encanto da caminhada e da descoberta,
Parece que não entendem que o nosso potencial maior é
acionado pelo prazer de ser e de estar, não pela imposição, quantificação,
padronização e comparação,
Ficamos vendo
o processo educacional funcionar em padrão e escala industrial, eles entram, e
passam por uma verdadeira reforma, são preenchidos de conteúdos inertes como se
fossem apenas recipientes, passam pela seleção lógica/quantitativa de qualidade
e exclusão, se tornam reprodutores e seguem perpetuando esta trágica seqüência
de imbecilização mecanizada,
Como é que um
adolescente se sentirá estimulado a ir a um lugar feio, sujo, sucateado, com
gente que trabalha endurecido, que faz terrorismo, que generaliza seu
julgamento para justificar a reprodução da opressão?
Com estruturas
carcerárias, grades, área de sol, assentos enfileirados, tudo cinza e
inanimado,
Na vida há
fome, a maioria das escolas publicas oferecem o que não se come, pois desce difícil
ao paladar, isso quando dá, pois muitas vezes nem tem nada a oferecer, fico pensando... E muitos jovens vão com fome Ainda bem que ainda não
inventaram saborizante melhor do que a fome! Caso contrario ia ser impossível de
engolir, e ainda se tem vários buracos no estômago para tapar!
Imagine que somada a estas poucas questões colocadas, ainda tem algumas outras com violência, bullyng, mobilidade, vulnerabilidade social, afetiva e familiar, exposição ao uso/abuso de substancias psicoativas, conferindo um um peso que faz esta escalada até a conclusão dos processos educacionais ser ainda mais ingrime e perigosa,
E nós os pais
sem privilégios precisamos juntar os cacos dos nossos filhos e dizer aquele
velho clichê sobre a escola que temos acesso... Ruim com ela, pior sem ela!
É... Há muito o que refletir... E lutar!
Para nós
ainda são dias de muito choro e ranger de dentes!!! Mas esperança e resistência são fundamentais!
